"Do mais-que-conhecido fez-se o iluminado
Tu viajas, se afugentas de mim
De quando em quando retornas
E me deixas sombrio
Sem teu mar de claridão
Porque me torturas tanto?
És tu descendente de Sade?
O Marquês endiabrado
Ou és do gênero massacrante?
Tarantina de coração
Metarmofose-te-ei
Colar-te-ei em meu papel
E em tí criarei asas
Asas grandes e luminosas
Para que assim como os raios de sol
Tú viajes sob o ar
Nessa velocidade disnorteante
E assim tu retornes para mim
Como um pássaro-poesia
Se alojando em meu peito
Escrevo-te porque sinto
Tenho sentimentos que de tão profundos
Às vezes parece morar no limite
No arrepio do pêlo
Entre meus dois mundos
Entranhado entre razão e o coração
Não sei se riu, ou se rio
Rio é um lugar onde a correnteza (que brota da íris)
Desce a ladeira levando o que passou e ficou, o que passou
O que se foi e ficou sem ter ficado
Emfim... o que marcou
Como explicar esse sentimento
Que de tão puro
Nem chega a esse mundo tocar
É algo inebriante
Que só os líricos conseguem se encantar."
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